29 de fevereiro de 2012

A Guerra dos Tronos

Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do velho amigo, o rei Robert Baratheon, está longe de adivinhar que a sua vida, e a da sua família, está prestes a entrar numa espiral de tragédia, de conspiração e de morte. Durante a estadia, o rei convida Eddard a mudar-se para a corte e a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei. Ele aceita apenas porque desconfia que o anterior detentor desse título foi envenenado pela própria rainha – uma cruel manipuladora do clã Lannister. Assim, perto do rei, Eddard tem esperança de protegê-lo da rainha. Entretatnto, ter os Lannister como inimigos é fatal – a ambição dessa família não tem limites e o rei corre um perigo muito maior do que Eddard temia. Sozinho na corte, Eddard também se apercebe de que sua vida nada vale  e de que até a sua família, longe no norte, pode estar em perigo.

OPNIÃO
RANKING: Nível 4 - Dr. House

Para os fãs do gênero épico, que nunca encontraram nada a altura após Senhor dos Anéis, o livro é uma boa opção. Para mim, o primeiro livro das Crônicas de Gelo e Fogo foi a introdução, o ponta-pé inicial. Isso porque o autor vai desenvolvendo as tramas e os personagens, sendo que com o decorrer da estória o leitor percebe como tudo está interligado.

Martin conta a estória dos Sete Reinos a partir do ponto de vista de alguns personagens, ou seja, cada capítulo é escrito a partir dos eventos que ocorrem com um personagem. Talvez você pense que tal estrutura possa deixar o livro confuso, e sim, deixa um pouco confuso, mas não a ponto de atrapalhar a leitura.

Trata-se de um livro complexo, repleto de minúcias e que exige muita atenção, sendo completamente inviável lê-lo com sono ou pensando no almoço. Por ser denso, apresentando uma gama enorme de personagens e de estórias diversas que ocorrem simultaneamente em locais diferentes, o início da leitura pode ser um pouco difícil. A linguagem utilizada é mediana, não sendo tosca como a coleção Vaga-Lume, nem complexa como Dostoievski.

Além disso, Martin compôs personagens profundos, e até mesmo reais. As circunstâncias e as novas situações exigiam que tais personagens amadurecessem, o que, de fato, aconteceu, mas não de forma abrupta, inesperada. Foi gradual, demonstrando o cuidado do autor em criar uma estória verossímil.

Enfim, é uma ótima leitura de muita diversão, e nos deixa na obrigação de reconhecer que George Martin é um mestre na arte de escrever, contar estórias e criar tramas.

CITAÇÃO FAVORITA
"Pelos sete infernos, Ned... Morto por um porco!"

INFORMAÇÕES BÁSICAS
Editora: Leya
Ano: 2010
Número Edição: 1
Páginas: 592
Encadernação: Brochura
Dimensões (LXAXP): 17 x 24 cm
Onde comprar: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3065233

PARA SABER MAIS

2 comentários:

Fábio Aresi disse...

Atualmente, estou lendo o Festim dos Corvos, quarto livro da série. É, sem dúvida nenhuma, o grande renovador do gênero de fantasia desde Tolkien. Fantástico!

Anônimo disse...

Pois é... Teve até um comentário que eu esqueci de fazer no post: Eu nunca vi um autor escrever uma história onde existam tantas reviravoltas! O enredo e a trama são impressioantes, o que torna a estória imprevisível. Muito bom!